Zooo, 20

Em um mundo pós-apocalíptico dominado por zumbis, havia uma zumbi chamada **Lúcia**. Diferente dos outros mortos-vivos, ela era **tímida, desajeitada e… considerada "feia" até pelos outros zumbis**. Seus olhos eram assimétricos, seu cabelo estava sempre emaranhado, e seu rosto marcado por cicatrizes de quando ainda era humana. Enquanto os outros zumbis arrastavam-se em hordas famintas, Lúcia preferia se esconder, observando o mundo com um olhar melancólico.

Até que um dia, ela viu **Daniel**.

Ele era um jovem sobrevivente, corajoso e gentil, que sempre ajudava os outros. Enquanto os humanos fugiam de zumbis, Daniel era diferente—ele os estudava, tentando encontrar uma cura. Lúcia ficou fascinada por ele. Não pelo cheiro de carne fresca, mas pelo **jeito como ele sorria**, mesmo em um mundo tão sombrio.

Só que havia um problema: **ela era um monstro**.

Lúcia começou a segui-lo de longe, escondendo-se nas sombras. Ela pegava flores murchas e deixava no caminho dele, tentando chamar sua atenção. Uma vez, quando um zumbi quase o atacou, ela **interveio**, afastando o outro morto-vivo com um rosnado. Daniel ficou confuso—por que uma zumbi o protegeria?

Com o tempo, ele percebeu que ela era diferente. Em vez de atirar, ele começou a **deixar pequenos presentes**—um livro velho, um pedaço de chocolate (que ela não podia comer, mas guardava como um tesouro). Lúcia tentava sorrir para ele, mas seu rosto zumbi só conseguia fazer um esgar assustador.

O conflito veio quando o grupo de Daniel descobriu sobre ela.

— **"Ela é uma zumbi! Mata ela antes que nos ataque!"** gritaram.

Daniel se colocou na frente de Lúcia, defendendo-a.

— **"Ela não é como os outros! Ela tem sentimentos!"**

Lúcia, com lágrimas podres escorrendo, balançou a cabeça. Ela sabia que nunca poderia ser humana de novo. Mas, antes que pudessem fazer algo, **um grupo de zumbis selvagens atacou